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Míriam Leitão: Caminho do futuro

Foto: Walter Campanato/Agência Brasil

Miriam Leitão
domingo, 03 junho 2018 / Publicado em POLÍTICA HOJE

Míriam Leitão: Caminho do futuro

Visualizações: 323

Quando o país começa a recuperar a economia, o aumento da demanda pelo transporte rodoviário é maior do que por outros modais. Como os demais estão estagnados, quem consegue responder à demanda é o rodoviário, diz o especialista Maurício Lima. O Brasil já foi um dos países com mais ferrovias e elétricas, conta o ambientalista Roberto Smeraldi. Esta é a hora de o Brasil pensar na sua logística.

A greve levou o país a um ponto tão extremo que é fundamental pensar em alternativas para a logística e para as fontes de energia. Não faltam tendências no mundo e práticas de outros países para mostrar que podemos corrigir a rota. Conversei no meu programa da GloboNews com Maurício Lima, sócio do Instituto Ilos de Logística, e com Roberto Smeraldi sobre esse necessário olhar para o futuro.

— Como a capacidade dos outros modais é limitada, toda a flutuação da economia cai no rodoviário. Uma grande causa da greve foi o fato de que por dez meses consecutivos, de maio de 2017 a fevereiro de 2018, o crescimento, ainda que fraco, elevou a demanda rodoviária. Ela cresceu mais do que a indústria. O transportador e o autônomo ganharam poder de barganha — disse Maurício Lima.

Ele acha que falta investimento em todos os modais e aponta a discrepância entre o Brasil e países de grandes dimensões, onde quando a distância é acima de 500 quilômetros o modal é outro. O transporte rodoviário sempre será importante, mas para as pequenas distâncias, que é a sua vocação.

— O Brasil já foi todo interligado de ferrovias eletrificadas. Era o líder das ferrovias. Entre os anos de 1920 e 1950 havia no país uma malha de 20 grandes ferrovias interligadas, do Paraná ao Piauí. O Brasil naquela época já tinha aposentado a Maria Fumaça e substituído a lenha e o carvão por energia elétrica. Não basta ter ferrovias, elas têm que ser eficientes, as nossas de hoje são a diesel — diz Smeraldi.

Ele acha que há dois problemas a serem destacados. O Brasil subsidia o velho em detrimento do novo, e não faz a conta das externalidades.

— As 70 mil mortes por ano por acidentes nas estradas e os problemas de saúde provocados pela má qualidade do ar são uma guerra da Síria. Estamos pagando esse custo. Não podemos esconder os números reais debaixo do tapete. Temos que pôr o custo total das nossas escolhas — diz Smeraldi

Seja por eficiência econômica, seja por razões humanas ou ambientais, o Brasil tem que olhar de forma mais abrangente para o problema. É preciso desenvolver todas as outras formas mais lógicas de transportes, para que haja uma integração mais eficiente. O Brasil precisa de mais ferrovia, hidrovia, navegação de cabotagem, dutos e também rodovias. Os aeroportos ligados por dutos não tiveram problemas nesta greve, lembra Maurício Lima.

— Se a genter vai subsidiar o petróleo, a gente vai continuar investindo no velho, em vez de investir no novo — diz Lima.

— E 15% do custo de combustível é para levar combustível por rodovia — lembra Smeraldi.

São muitas as nossas irracionalidades. Uma delas é que o Brasil está criando a partir dessa greve um programa de subvenção para um diesel que nem tem padrões de qualidade já atingidos em outros países.

— Veículo elétrico no Brasil é penalizado com uma carga de 43% de IPI e ICMS, é paradoxal. A gente onera a inovação. No diesel é preciso usar o padrão Euro-6 com menos partículas de enxofre e menos composto de nitrogenados — diz Smeraldi

Segundo ele, o Brasil convive com mais que o dobro do recomendado pela OMS de partículas finas do diesel. A poluição do ar causa câncer, doença respiratória e doença cardiovascular. É o que estamos subsidiando.

Há quem diga que tudo nesta área é de longo prazo. Mas se o Brasil começar, um dia vai conseguir mudar sua logística. Na época do início da BR-163, Smeraldi fez parte do grupo que tentou convencer a então ministra Dilma Rousseff a optar por ferrovia. O governo achava que era projeto de longo prazo. Hoje, depois que a rodovia confirmou todos os riscos humanos e ambientais que foram previstos, o governo fala em construir a Ferrogrão naquele mesmo traçado. O futuro chega, mas ele começa a ser feito com as decisões de hoje. E temos tomado as decisões erradas.

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Jornalista, economista, comentarista de TV e Rádio

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Fonte:

https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/caminho-do-futuro.html

Tags Míriam Leitão, O Globo

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