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William Waack || Bolsonaro e os dentes da Lava Jato

Fotos: Alan Santos/PR

Fundação Astrojildo Pereira
quinta-feira, 22 agosto 2019 / Publicado em POLÍTICA HOJE

William Waack || Bolsonaro e os dentes da Lava Jato

Visualizações: 473

O presidente está no meio da principal disputa política do momento

O instinto de Bolsonaro de proteger a família e a prole o está levando a ajudar um lado na formidável briga sobre quem vai controlar as decisões das esferas políticas. No caso, atuando contra os pedidos explícitos de organização que foi tão importante na eleição dele, a Lava Jato.

A ira inicial do presidente é voltada contra órgãos como Receita ou Coaf que ele mesmo colocou sob a suspeita de motivação política ao investigar familiares dele. É isso mesmo, dizem ministros do Supremo. Sob o ímpeto investigatório (jacobinista, inquisitorial, autoritário ou ilegal, dependendo do ministro do Supremo) da Lava Jato, órgãos de fiscalização e controle excederam seus limites constitucionais.

Diálogos hackeados de expoentes da Lava Jato reforçam ainda mais essas percepções sobre a atuação política da força-tarefa – não importa mais se os diálogos são autênticos, se servem como provas, se configuram ou não abusos ou mesmo crimes por parte dos investigadores. Eles são percebidos como a cereja no bolo quando se afirma que juízes, procuradores e delegados se converteram numa espécie de “partido político” com o intuito declarado de influenciar os rumos gerais da política brasileira (seja qual for a justificativa deles).

Partes relevantes do Supremo e do Legislativo se reorganizaram para enfrentar o que consideram ser uma ação política, por parte da Lava Jato, que estava levando (na visão desses atores) ao “emparedamento” dessas instituições, controladas desde fora pela campanha anticorrupção. É muito relevante o fato de o Legislativo ter chamado a si a tarefa de coibir a atividade dos investigadores, por meio do PL do Abuso de Autoridade, e o STF está sentado no material com que pretende (as conversas hackeadas) encurralar seus críticos entre os aguerridos procuradores.

Bolsonaro tem de sancionar ou vetar itens da lei do abuso de autoridade, descrita pela Lava Jato como uma reação das “forças das trevas” que querem escapar incólumes de investigações. Lei que, de outro lado, é caracterizada por nutrido grupo de políticos e juristas como necessária “freada de arrumação” para recompor um mínimo de respeito à norma jurídica ao se combater crimes. A situação coloca o presidente como árbitro de assunto que o interessa diretamente do ponto de vista pessoal (ele acusa a Receita e o Coaf, por exemplo, de abuso), mas também dono de uma poderosa ferramenta política para enfraquecer a única sombra no momento sobre a própria popularidade, a do ex-juiz Sérgio Moro, herói da Lava Jato.

É uma situação de precário e perigoso equilíbrio. Os órgãos de Estado de fiscalização e investigação acham que a lei do abuso contraria o combate ao crime organizado, que depende da troca de informações sigilosas protegidas por lei ou que só podem ser acessadas por ordem judicial (que procuradores se esmeraram em driblar). Legislativo e parte do STF acham que os instrumentos para combater ilícitos são suficientes, e o resto é abuso.

Neste exato momento Bolsonaro está conseguindo simpatias do Legislativo e da classe política, da qual depende para a aprovação de qualquer legislação relevante, sem que o público o perceba ainda como uma figura da qual a Lava Jato já está exigindo postura decisiva em seu sentido. Moro já formulou quais vetos gostaria que o presidente exercesse ao apreciar a lei do abuso de autoridade, ou seja, o prestígio do ministro da Justiça está em jogo. Bolsonaro não tem como agradar a todos.

Está criado um interessante paradoxo na política brasileira: eleito em boa parte como efeito da Lava Jato, Bolsonaro se sente hoje tão mais forte quanto menos dentes afiados ela tiver.

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Fonte:

O Estado de S.Paulo

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-e-os-dentes-da-lava-jato,70002977371

Tags O Estado de S. Paulo, William Waack

O que você pode ler a seguir

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1 comentário to “William Waack || Bolsonaro e os dentes da Lava Jato”

  1. Jose joao da silva dizResponder
    25 de agosto de 2019 at 13:41

    É preciso ser entendido o que há por tras do anti-bolsonarismo de William Waack, Elio Gasperi, The Globe (tambem conhecido com O GLOBO) . Não que ele faça o Bolsonaro palatavel. Não.
    O que há é uma profunda divisão onde sempre esteve a Matriz para eles. E essa divisão pode ser vista na razzia que Trump vem fazendo no Establishment da National Security americana que nem Ronald Reagan ousou fazer.
    Mesmo em governos democratas como o de Jimmy Carter vimos o Establishment ser mantido, a pesar das brigas entre Cyrus Vance a Zbinieg Brjzinsky, com duas orientações muito diferentes. Seguiram-se o Bush pai (homem DO Establishmernt), Clinton (essa magnifica contrafação de politicas sociais internas e de America First externas), as do Bush filho, e mesmo de Obama, que foi obrigado a escolher e deixar o Establishment sossegado. Trump nao. Com esse insano Bolton que prefere o holocausto nuclear a ver
    a dominação americana sobre o mundo se enfraquecer, e o Steve Bannon, que semeia pela Europa o fascismo no Seculo XXI na Hungria, Polonia, Italia, Turquia, Belgica, França e onde for, Trump tem hoje uma outra quadrilha assolando o mundo, com novos portagonistas.
    Os amigos de Waack, Gasperi, Marinhos na Matriz ja não controlam mais a (para eles) “palavra divina” e nem os cordões da bolsa.
    São outros os que hoje subsidiam o Bispo Macedo, o Missionario Soares, o Latinista do Itamarati, o iliterato da Educação. E há ainda, invisíveis dentre nós, os aplicadores na comunicação social brasileira das tecnologias e doutrinas da Cambridge Analytics disseminando o fascismo, o odio e a noção de que o mundo é dos ricos e poderosos (alegria dos Koch, Merton, etc etc e tal).

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