Entre em sua conta para ter acesso a diferentes opções

ESQUECEU SUA SENHA?

ESQUECEU SEUS DETALHES?

AAH, ESPERE, EU ME LEMBRO AGORA!

Fundação Astrojildo Pereira

FALE COM A FAP: (61) 3011-9300
  • INÍCIO
    • Quem somos
    • O que é a FAP ?
    • Estatuto
    • Documentos
    • Editais
    • Contato
    • Transparência | FAP
  • Revista Online
    • TODAS VERSÕES
  • Política Hoje
  • Temas & Debates
    • Especial Copa
  • VÍDEOS
  • PUBLICAÇÕES
  • ACONTECE NA FAP
  • BIBLIOTECA
    • Consulta ao acervo
    • Sobre a biblioteca
    • Coleções
    • Serviços
    • Contato
  • Meu Carrinho
    Nenhum produto no carrinho.

Míriam Leitão: Os fios soltos da reforma não feita

Foto: Divulgação

Fundação Astrojildo Pereira
sábado, 21 dezembro 2019 / Publicado em POLÍTICA HOJE

Míriam Leitão: Os fios soltos da reforma não feita

Visualizações: 281

Ano chega ao fim com melhor expectativa de crescimento, mas sem que o governo tenha apresentado seu projeto de reforma tributária

A reforma tributária está cheia de fio solto, na opinião da economista Zeina Latif. Como apresentar um projeto é muito complexo técnica e politicamente, o governo vai soltando ideias esparsas, como a de que “vamos fazer a CPMF ou algo que o valha”. O economista Bráulio Borges concorda que o novo imposto falado pelo ministro Paulo Guedes é uma CPMF que não quer dizer seu nome. Ele acha que é preciso “trazer todos os elementos da reforma ao mesmo tempo”.

Entrevistei Zeina, da XP, e Braulio, da LCA e da FGV, para um balanço de fim deste 2019. Ela acha que este foi um ano curioso pelas mudanças de humor, ao longo dos meses:

— Começou, de uma forma geral, com uma expectativa muito grande em relação ao crescimento do PIB, consenso de mercado era de 2,5% de alta, muitas casas falavam em 3% e 3,5%, e que haveria uma agenda ambiciosa de reformas e muitas privatizações. Ainda no primeiro semestre as expectativas foram se adequando à dura realidade. Isso gerou um certo pessimismo, mas no segundo semestre a gente viu a economia ganhando tração.

De balanço bom do ano, segundo Zeina Latif, tem as surpresas positivas com a inflação, o efeito no mercado de crédito do longo ciclo de redução dos juros iniciado por Ilan Goldfajn:

— O que a gente percebeu foi que aos poucos esse ciclo foi avançando, as empresas foram melhorando seus indicadores e o crédito está fluindo. Está havendo uma recuperação da demanda e do consumo das famílias, e o investimento está voltando aos poucos.

Bráulio destaca que a sensação de bem-estar da sociedade é muito fraca ainda. Ele chama de “pífia” a recuperação:

— Este foi o terceiro ano de frustração grande em relação ao que se esperava. No começo de cada ano, as projeções eram de 2% a 2,5%, até 3%, mas não foi o que aconteceu. No final, ficou no 1,2%. Como em 2019. É uma sequência de frustrações. Mas estou mais otimista para 2020 porque a construção civil, que foi o grande patinho feio, caiu quase 30% nesta crise, finalmente está em recuperação. A liberação do FGTS vai explicar parte do crescimento do ano.

Braulio acha que 2020 será diferente pela soma de vários fatores. A ociosidade está muito alta, o desemprego, também, e o país pode se recuperar sem pressão inflacionária. A utilização de capacidade da indústria está em 75%. Esse será o ponto de partida, com uma taxa de inflação baixa e os estímulos da política econômica como a liberação do FGTS:

— Dá para ter certeza maior agora de um crescimento de 2% a 2,5% no ano que vem. Mas não dá para sustentar esse ritmo por cinco ou dez anos sem fazer reformas estruturais.

Os dois economistas acham que mesmo com o PIB crescendo o desemprego permanecerá alto. Bráulio fala em desemprego estrutural de 9%. Zeina Latif fala em 10,5%. Do ponto de vista social, taxas tão altas por tanto tempo são um grave problema. Zeina alerta que é preciso acelerar o crescimento:

— Não podemos crescer tão pouco. Vale lembrar que 60% da população vivem com até um salário mínimo. Precisamos acelerar o crescimento. A indústria crescendo tão pouco já é uma dica. Há capacidade ociosa, mas tem muita máquina defasada, velha. São empresas médias, com máquinas desatualizadas, segurando nas costas o custo Brasil. E isso está se refletindo na piora da balança comercial. Então não tem jeito, ou a gente acelera e é ambicioso no avanço das reformas estruturais ou vamos ter uma decepção virando a esquina.

Bráulio chama a reforma tributária de “a mãe de todas as reformas”, e o governo esta semana diz que fará apenas sugestões para uma comissão mista do Congresso.

— Falta uma proposta mais objetiva, mais clara de mostrar impactos e não simplesmente lançar ideias no ar, como disse a Zeina. Este tema nos acompanha há 20 anos. Há muitos assuntos complexos nos vários impostos. Mas é importante trazer todos esses elementos. Não pode haver uma redução de carga tributária, mas se o sistema for menos complicado já trará um enorme ganho. E é preciso discutir uma realocação de carga tributária, que gera resistência dos setores.

Como disse Zeina, as pontas soltas são porque o governo fala sobre uma parte de cada vez, quando deveria falar de como quer reformar toda a complexa estrutura de impostos do país. “Colocar num Power Point é fácil”, diz ela. O difícil é enfrentar a complexidade técnica e política de uma reforma tributária. E essa o governo ficou devendo em 2019.

  • Sobre
  • Últimos Posts
Fundação Astrojildo Pereira
Últimos posts por Fundação Astrojildo Pereira (exibir todos)
  • Revista Política Democrática Online 26 - 17 de dezembro de 2020
  • Revista Política Democrática Online 25 - 12 de novembro de 2020
  • Revista Política Democrática Online 24 - 16 de outubro de 2020

Fonte:

O Globo

https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/os-fios-soltos-da-reforma-nao-feita.html

Tags Míriam Leitão, O Globo

O que você pode ler a seguir

Adriana Fernandes: Propostas polêmicas para Renda Cidadã aumentam tensão
Ruy Castro: O poder gera folgados
Sérgio Dávila: Jair Seinfeld, ou a sitcom do começo do governo

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Postagens Recentes

  • Weiller Diniz: À sombra mortal da suástica

  • Andrei Meireles: Vacinas escancaram o desleixo de Bolsonaro e seu general de fancaria

  • DW Brasil: Qual será o legado da presidência de Trump?

  • Valor: Anvisa defende imunização e manda recados ao governo federal

  • Bruno Carazza: Vacina contra a incompetência

ENCONTRE AQUI

  • A FAP indica
  • Trabalhe Conosco
  • Editais
  • Webmail
  • Curta a Esquerda Democrática no Facebook

INFORMATIVO FAP

CONTATO

Telefone: (61) 3011-9300
Email: contato@fundacaoastrojildo.org.br

Fundação Astrojildo Pereira

CNPJ: 04575883/0001-19
SEPN 509, bloco D, Lojas 27/28, Edifício Isis - CEP: 70750-504 - Brasília-DF

Abrir no Google Maps

  • Obter Redes Sociais
Fundação Astrojildo Pereira

© 2015-2018 Todos os direitos reservados. - Astrojildo Pereira - FAP.

TOPO