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Cinquentenário do encantamento de Guimarães Rosa

Fundação Astrojildo Pereira
segunda-feira, 07 agosto 2017 / Publicado em

Cinquentenário do encantamento de Guimarães Rosa

José Eduardo Gomes

Dezenove de novembro de 1967. Vinte horas. Guimarães Rosa é encontrado morto no escritório de seu apartamento em Copacabana, em frente da máquina de escrever. Por telefone pedira socorro à ex-esposa. Quando a primeira pessoa chegou, uma sobrinha, encontrou-o já sem vida.

Previa ou prognosticava a própria morte. Médico, embora não praticante, conhecia as manifestações da doença coronariana e esperava o pior há anos.

Tabagista, sedentário, obeso e hipertenso. Quatro dos seus sete tios haviam morrido de infarto, aos 58 anos de idade. Eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1963, tomou posse em 16-11-1967, alguns meses depois de completar 59 anos de vida. Morreu 3 dias depois.

Em 1967, os recursos para tratamento da hipertensão arterial eram limitados e pouco eficazes. Fora diagnosticado em 1958. Nesse mesmo ano, foi promovido a embaixador pelo colega e amigo Juscelino Kubitschek. Preferiu permanecer no Brasil. Temia estar longe.
Em janeiro de 1956, lançou Corpo de Baile, posteriormente dividido em três livros:

• Manuelzão e Miguilim, com as novelas Campo Geral e Uma estória de amor;
• No Urubuquaquá, no Pinhém, com as novelas O recado do morro, cara-de-bronze e A estória de Lélio e Lina;
• Noites do Sertão, com as novelas Dão-Lalalão e Buriti.

Em maio do mesmo ano, lançou Grande Sertão: Veredas, auge da atividade como escritor. Trabalhou nesse livro durante muitos anos, principalmente em Paris, de 1948 a 1951.

Corpo de Baile e Grande Sertão: Veredas somam 1.420 páginas.

Escrevia e reescrevia, retrabalhava, mudava termos e sintaxe.

Em 1937, concorreu ao Prêmio Humberto de Campos, da Livraria José Olympio, com um volume intitulado Contos que, em 1946, seria publicado com o nome de Sagarana.

Mudou-se de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, aprovado em concurso para o Itamaraty, em 1934.
Médico pela então Universidade de Minas Gerais, em 1930.

Nasceu em Cordisburgo-MG, em 27/06/1908, três meses antes da morte de Machado de Assis.

De Minas Gerais para o mundo

Médico atuante em Itaguara, então distrito de Itaúna, como clínico geral, realizou o nascimento de Wilma Guimarães Rosa, a primogênita.

Insatisfeito com as precárias condições de trabalho, retornou a Belo Horizonte, depois de cerca de dois anos, e serviu como médico voluntário da Força Pública, mais tarde Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. Posteriormente, após concurso, foi para o 9º Batalhão de Infantaria de Barbacena, como oficial-médico. Nesta cidade, sobrava-lhe mais tempo para pesquisar, ler e escrever. As tarefas como médico eram mais amenas.

O interesse e a dedicação ao estudo de idiomas levaram um amigo a sugerir-lhe o concurso do Itamaraty, em 1934. Aprovado, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Em 1938, foi nomeado cônsul-adjunto em Hamburgo, Alemanha, onde conheceu a paranaense Aracy de Carvalho Moebius, também funcionária do consulado, que se tornaria sua segunda esposa e companheira até o final da vida. O casal ajudou a centenas de judeus, fornecendo-lhes passaportes, contrariando as ordens do governo brasileiro.

Em 1942, com o fim da neutralidade brasileira quanto à guerra, eles e mais outros membros do Corpo Diplomático ficaram retidos em Baden-Baden, por quatro meses e, ao serem liberados, retornaram para o Brasil.

No mesmo ano, foi designado para Bogotá, Colômbia, lá permanecendoaté 1944.

De novo retornando ao Brasil, foi nomeado chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, João Neves da Fontoura.

Mistérios na obra e na vida

Sua obra é densa, marcada por mistérios e sutilezas. Sutilezas e obscuridades marcam também a biografia do escritor:

• por que, tão precocemente, separou-se de Lygia Cabral Pena, a segunda esposa?
• qual foi sua atitude rebelde nas revoluções de 1930 e 1932?
• qual seu estado de saúde, a partir de 1958?
• nomeado Embaixador, por que recusou postos no exterior?

Estes e muitos outros tópicos interessarão a pesquisadores e a estudiosos, para futuras biografias.

Obstáculos impostos por herdeiros da produção literária dificultaram, até agora, publicações mais elaboradas da vida e da obra de J.G.R.

Literatura

Publicou apenas um romance, Grande Sertão: Veredas, listado entre os cem melhores da literatura universal. (1956).

Antes e depois, dedicou-se a contos e novelas. Seria indicado, em movimento liderado por tradutores europeus, ao Prêmio Nobel de Literatura de 1968.

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Fonte:

O que você pode ler a seguir

O Estado de S. Paulo: Planalto vê Igreja Católica como potencial opositora
Luiz Carlos Azedo: A cartada de Lula
Vinicius Torres Freire: Bolsonaro vai mexer com salários de servidores e militares?

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