Entre em sua conta para ter acesso a diferentes opções

ESQUECEU SUA SENHA?

ESQUECEU SEUS DETALHES?

AAH, ESPERE, EU ME LEMBRO AGORA!

Fundação Astrojildo Pereira

FALE COM A FAP: (61) 3011-9300
  • INÍCIO
    • Quem somos
    • O que é a FAP ?
    • Estatuto
    • Documentos
    • Editais
    • Contato
    • Transparência | FAP
  • Revista Online
    • TODAS VERSÕES
  • Política Hoje
  • Temas & Debates
    • Especial Copa
  • VÍDEOS
  • PUBLICAÇÕES
  • ACONTECE NA FAP
  • BIBLIOTECA
    • Consulta ao acervo
    • Sobre a biblioteca
    • Coleções
    • Serviços
    • Contato
  • Meu Carrinho
    Nenhum produto no carrinho.

Fernando Gabeira: Afinal, desencantaram

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Fernando Gabeira
sábado, 23 junho 2018 / Publicado em POLÍTICA HOJE

Fernando Gabeira: Afinal, desencantaram

Visualizações: 389

De certa forma, a Copa está começando agora, e já estamos com a língua de fora

Nas corridas de cavalo, dizem que o vencedor desencabulou. Acho que no futebol é possível dizer que a seleção brasileira desencantou. Jogou para o ar toda a tensão e a expectativa da estreia prolongada pelo empate contra a Suíça.

No café da manhã, o hotel estava cheio de camisas vermelhas e amarelas. O dia amanheceu chuvoso em São Petersburgo, e o asfalto, molhado. Logo o sol abriu, e vi o bloco de camisas vermelhas saindo por um lado, e o bloco de amarelas, por outro.

Mesmo quem não está aqui com a missão de cobrir o futebol sabe que o interesse na Copa do Mundo depende da classificação do Brasil. Amanhã, por exemplo, há uma comemoração em homenagem à poeta Anna Akhmátova, um dos personagens mais interessantes da história cultural da Rússia. No sábado, há uma festa perto do Museu Hermitage que envolve barcos e milhares de jovens estudantes. Tudo isso só tem sentido se o Brasil continua na Rússia, se de alguma forma a história do nosso futebol e a do país sede da Copa continuam entrelaçadas.

Não analiso futebol, apesar de ser um torcedor entusiasta e de acompanhar ao máximo parte do Brasileirão e a Liga dos Campeões. Não me aventuro nesse campo, porque o futebol tem seus sábios e seus filósofos. Não creio que poderia dizer algo com tanta clareza como a frase do treinador Gentil Cardoso: quem se desloca recebe.

Se pudesse escrever um manual de jornalismo, creio que a colocaria como lema. Mas serve também para outras coisas, até para a solidão amorosa, embora tenha perdido sua força pedagógica com o advento da internet e das múltiplas trocas on-line.

Também não creio que encontraria com facilidade metáforas tão felizes como a de Neném Prancha: o pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube.

Mas o primeiro jogo da seleção nos deixou um pouco travados. Depois daquele fracasso em 2014, sobretudo dos 7 a 1 no Mineirão, sempre nos assombra o fantasma que dá branco na equipe, que a torna irreconhecível.

A maioria dos torcedores brasileiros é confiante. Na quinta-feira, perto do Hermitage, onde fui encontrar a amiga que me orienta sobre o calendário cultural de São Petersburgo, vi alguns com perucas, bandeiras, sob uma chuva fria.

Ontem ficaram exultantes. Do meu posto aqui, vi os egípcios partindo tristemente. Ontem foi a vez de ver peruanos se despedindo.

Em toda Copa do Mundo deve ser assim. Mas não estamos acostumados a sair tão cedo. Na verdade, o mais frequente é ir até a final, quando todos já deram adeus ao título. O jogo pela terceira e quarta colocações é melancólico para grandes campeões, embora seja uma vitória para equipes medianas.

De uma certa forma, a Copa do Mundo está começando agora. Já estamos com a língua de fora, viajando por um país tão extenso, recebendo mais informação do que o nosso cérebro pode processar.

Mas a grande qualidade do nosso futebol é despertar nosso ânimo. Se eles podem com a bola, por que não podemos com outros instrumentos, menos redondos, mais ásperos e às vezes obscuros do cotidiano?

  • Sobre
  • Últimos Posts
Fernando Gabeira
Escritor, jornalista e apresentador de programa na TV.
Últimos posts por Fernando Gabeira (exibir todos)
  • Fernando Gabeira: Dinheiro, não, um certo rumo - 4 de setembro de 2020
  • Fernando Gabeira: Reflexões sobre o naufrágio - 31 de agosto de 2020
  • Fernando Gabeira: A escolha dos pobres - 21 de agosto de 2020

Fonte:

https://oglobo.globo.com/esportes/afinal-desencantaram-22812992

Tags Fernando Gabeira, O Globo

O que você pode ler a seguir

Bruno Boghossian: Haddad antecipa caça aos fantasmas do PT para segurar rejeição
Vinicius Torres Freire: Governo Bolsonaro faz molecagem enquanto país tenta sair da ruína
Maria Hermínia Tavares: Bolsonaro não acabou

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Postagens Recentes

  • Míriam Leitão: O confuso caso da vacina particular

  • Cristiano Romero: No reino das estatais

  • Fernando Exman: Obstáculos à proposta de autonomia do BC

  • Ruy Castro: Novos xingamentos contra Bolsonaro

  • Bruno Boghossian: Investigação contra Pazuello amarra Bolsonaro e militares até o fim

ENCONTRE AQUI

  • A FAP indica
  • Trabalhe Conosco
  • Editais
  • Webmail
  • Curta a Esquerda Democrática no Facebook

INFORMATIVO FAP

CONTATO

Telefone: (61) 3011-9300
Email: contato@fundacaoastrojildo.org.br

Fundação Astrojildo Pereira

CNPJ: 04575883/0001-19
SEPN 509, bloco D, Lojas 27/28, Edifício Isis - CEP: 70750-504 - Brasília-DF

Abrir no Google Maps

  • Obter Redes Sociais
Fundação Astrojildo Pereira

© 2015-2018 Todos os direitos reservados. - Astrojildo Pereira - FAP.

TOPO