Entre em sua conta para ter acesso a diferentes opções

ESQUECEU SUA SENHA?

ESQUECEU SEUS DETALHES?

AAH, ESPERE, EU ME LEMBRO AGORA!

Fundação Astrojildo Pereira

FALE COM A FAP: (61) 3011-9300
  • INÍCIO
    • Quem somos
    • O que é a FAP ?
    • Estatuto
    • Documentos
    • Editais
    • Contato
    • Transparência | FAP
  • Revista Online
    • TODAS VERSÕES
  • Política Hoje
  • Temas & Debates
    • Especial Copa
  • VÍDEOS
  • PUBLICAÇÕES
  • ACONTECE NA FAP
  • BIBLIOTECA
    • Consulta ao acervo
    • Sobre a biblioteca
    • Coleções
    • Serviços
    • Contato
  • Meu Carrinho
    Nenhum produto no carrinho.

Ascânio Seleme: Será que um dia ele aprende?

Foto: Alan Santos/PR

Fundação Astrojildo Pereira
domingo, 04 agosto 2019 / Publicado em POLÍTICA HOJE

Ascânio Seleme: Será que um dia ele aprende?

Visualizações: 413

Parece que vai ser meio empurrado, mas um dia o presidente Jair Bolsonaro pode acabar aprendendo a governar. Ou comete um crime e cai. Melhor a primeira hipótese, o Brasil não merece mais um impeachment. Não falo por Bolsonaro, mas pelo país. Como já vimos duas vezes, tudo para enquanto o processo estiver em curso. E o país, que ameaça agora voltar a caminhar, não precisa de mais uma temporada de estagnação. Por ora, Bolsonaro vai sendo forçado a governar de acordo com as leis e a Constituição, às quais tem repulsa.

Já são muitos os episódios em que erros de governo produzidos por iniciativa presidencial foram corrigidos pelo Congresso Nacional ou pelo Supremo Tribunal Federal. A última correção foi humilhante e se deu por unanimidade de votos de um STF normalmente dividido, em que raríssimas foram as ocasiões onde todos os ministros votaram da mesma forma. Pois os dez ministros presentes na sessão de quinta-feira derrubaram a Medida Provisória reeditada por Bolsonaro transferindo para o Ministério da Agricultura a demarcação de terras indígenas.

Os ministros não apenas impediram a iniciativa esdrúxula, mas disseram coisas como; “inaceitável transgressão constitucional”; “agressiva inconstitucionalidade”; “ofensa ao princípio da divisão de poderes”. O que Bolsonaro queria fazer era mais uma tentativa de atropelar o Congresso, que já havia derrubado MP com o mesmo conteúdo. A Constituição proíbe reedição de MPs porque elas entram em vigor no dia da sua publicação e só perdem o efeito se derrubadas ou ignoradas pelo Congresso depois de 60 dias. Reeditar MP significa, portanto, colocar em vigor legislação que o Congresso rejeitou.

O gesto representa um desafio ao Congresso, uma tentativa de usurpar os seus poderes constitucionais. Foi isso o que o governo quis fazer, e bateu com a cara na porta do STF. Bolsonaro tentou se explicar dizendo que foi um erro da sua assessoria, um erro dele próprio. Verdade, foi um erro. Mas não foi um engano, a medida visava isso mesmo, afrontar e ultrapassar o Congresso. Não há bobo no Palácio do Planalto, embora pareça haver. Ninguém da Casa Civil levaria ao presidente uma afronta tão clara à Constituição se não fosse incentivado pelo próprio chefe.

Nenhum problema no fato de o presidente pensar de maneira exótica e se comportar publicamente com modos pouco convenientes. São assim também alguns outros líderes mundiais bem conhecidos. O que não pode é o presidente agir acima da lei, o que seus pares esquisitos, dos Estados Unidos e do Reino Unido, por exemplo, não fazem porque conhecem seus limites. Inebriado pela nostalgia da ditadura militar, da qual se orgulha, Bolsonaro acha que pode ir empurrando tudo para além do razoável, do legal e do constitucional.

O presidente está muito próximo de cometer um crime de responsabilidade que poderia desencadear um processo de impeachment. Como ele mantém uma relação, vamos dizer, pouco harmoniosa com o Congresso, pode ter problema. Os seus seguidos erros se acumulam na mesma medida em que saem da sua boca bobagens que assustam e envergonham até mesmo seus eleitores. Nesse momento, Bolsonaro tem duas alternativas. A primeira é seguir nesse batidão e ir aguentando as consequências, até onde for possível. A outra é calar a boca e parar de afrontar os outros Poderes.

  • Sobre
  • Últimos Posts
Fundação Astrojildo Pereira
Últimos posts por Fundação Astrojildo Pereira (exibir todos)
  • Revista Política Democrática Online 26 - 17 de dezembro de 2020
  • Revista Política Democrática Online 25 - 12 de novembro de 2020
  • Revista Política Democrática Online 24 - 16 de outubro de 2020

Fonte:

O Globo

https://oglobo.globo.com/brasil/sera-que-um-dia-ele-aprende-23853367

Tags ascânio seleme, O Globo

O que você pode ler a seguir

Monica De Bolle: 4 de julho
Pedro S. Malan: Quadriênios: Trump e Bolsonaro
Bolsonaro aposta em visita à Casa Branca para relançar imagem no exterior

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

Postagens Recentes

  • Antonio Carlos Will Ludwig: Os militares e a próxima eleição presidencial

  • Daniel Cerqueira: O perigo que nos ronda nas propostas para mudar as PMs

  • Eliane Cantanhêde: Para que serve um chanceler?

  • Denise Rothenburg: Sem Trump, resta a Bolsonaro o diálogo com Biden

  • Cora Rónai: O silêncio cúmplice dos generais

ENCONTRE AQUI

  • A FAP indica
  • Trabalhe Conosco
  • Editais
  • Webmail
  • Curta a Esquerda Democrática no Facebook

INFORMATIVO FAP

CONTATO

Telefone: (61) 3011-9300
Email: contato@fundacaoastrojildo.org.br

Fundação Astrojildo Pereira

CNPJ: 04575883/0001-19
SEPN 509, bloco D, Lojas 27/28, Edifício Isis - CEP: 70750-504 - Brasília-DF

Abrir no Google Maps

  • Obter Redes Sociais
Fundação Astrojildo Pereira

© 2015-2018 Todos os direitos reservados. - Astrojildo Pereira - FAP.

TOPO